Recentemente, noticiários informaram a respeito do diagnóstico de câncer de próstata do ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, 82 anos.
O Câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens (depois do câncer de pele não melanoma) e estima-se que 1 em cada 9 homens irão receber o diagnóstico ao longo de sua vida.
Seus principais fatores de risco vem da origem genética, familiar, idade, raça, e outros fatores relacionados ao estilo de vida.
O câncer de próstata pode ser dividido em baixo risco, risco intermediário e alto risco, dependendo do valor do PSA, grau histológico identificado na biópsia (pontuação de gleason) ou estadiamento clínico, podendo estar localizado apenas a próstata ou já apresentar sinais de doença fora do órgão.
O diagnóstico do ex-presidente dos Estados Unidos trata-se de um adenocarcinoma de próstata de alto risco, já com apresentação de metástase óssea.
Tumores de alto risco são identificados ao diagnóstico de 20 - 28% dos casos diagnosticados. São tumores mais agressivos, com maior probabilidade de apresentarem metástases ao diagnósticos, tratamentos mais complexos e pior prognóstico.
Metástase consiste na disseminação do câncer para outros órgãos e regiões do corpo diferentes da onde o câncer se originou. As principais localizações no câncer de próstata são ossos, gânglios abdominais, pulmão, glândula adrenal, sistema nervoso central e fígado.
No caso do ex-presidente, o tratamento inicial será com bloqueadores hormonais, o tipo de terapia mais comum iniciada para esses casos, que tem a premissa de reduzir a progressão da doença.
O prognóstico é variável, dependendo de fatores como idade, condições clínicas e outras doenças pré-existentes do paciente, agressividade do tumor, sintomas e quantidade de metástases. Dependendo do tipo de tratamento inicial e da resposta do paciente ao tratamento, os principais estudos mostram que o controle do câncer pode chegar a 60-70% em um intervalo de 5 anos.
O Dr Romulo S S Nunes é cirurgião urologista formado pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Fellow em Cirurgia Robótica pelo OLV Hospital, Belgica, e atualmente é médico Assistente do Instituto do Cancer do Estado de São Paulo (ICESP). Agende sua consulta caso precise de tratamento de câncer de prostata e outras doenças da prostata.
Referências:
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2)Mossanen M, Krasnow RE, Nguyen PL, Trinh QD, Preston M, Kibel AS. Approach to the Patient with High-Risk Prostate Cancer. Urol Clin North Am. 2017 Nov;44(4):635-645. doi: 10.1016/j.ucl.2017.07.009. PMID: 29107279.
3)Kyriakopoulos CE, Chen YH, Carducci MA, Liu G, Jarrard DF, Hahn NM, Shevrin DH, Dreicer R, Hussain M, Eisenberger M, Kohli M, Plimack ER, Vogelzang NJ, Picus J, Cooney MM, Garcia JA, DiPaola RS, Sweeney CJ. Chemohormonal Therapy in Metastatic Hormone-Sensitive Prostate Cancer: Long-Term Survival Analysis of the Randomized Phase III E3805 CHAARTED Trial. J Clin Oncol. 2018 Apr 10;36(11):1080-1087. doi: 10.1200/JCO.2017.75.3657. Epub 2018 Jan 31. PMID: 29384722; PMCID: PMC5891129.
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